quinta-feira, 19 de maio de 2011

Qualquer semelhança é mera concidência. Será???

Booms imobiliários

Nos anos 20, a Flórida vivenciou um grande boom imobiliário2. A população estava crescendo e havia uma escassez de habitações. Notícias de que investidores tinham dobrado ou até triplicado seu capital começaram a atrair mais especuladores.
Facilidades de crédito estimulavam ainda mais o processo de alta. Há casos de terrenos que custavam US$ 800 mil em 1923 e que foram vendidos por US$ 1,5 milhões em 1924 e por US$ 4 milhões em 1925. No topo do boom, havia 75.000 corretores de imóveis em Miami, ou seja 1/3 da população da cidade. Evidentemente, a festa terminou.

Em 1926, já não podiam ser encontrados novos compradores. Os especuladores se desesperaram e começaram a baixar os preços. Um colapso aconteceu.

No Japão, entre 1955 e 1990, o valor dos imóveis aumentou mais de 75 vezes3. Em 1990, o valor de todas as propriedades era estimado em quase 20 trilhões de
dólares, mais de duas vezes o valor de mercado de todas as ações em Bolsa no mundo.

Os Estados Unidos são 25 vezes maiores do que o Japão, mas o conjunto de imóveis japoneses chegou a valer 5 vezes o conjunto total de imóveis americanos. Teoricamente, se alguém vendesse Tóquio inteira, poderia apurar quantia suficiente para comprar todos os imóveis dos Estados Unidos. Só o valor atribuído ao Palácio Imperial japonês era suficiente para comprar todos os imóveis da Califórnia. Em 1990, se você vendesse todos os campos de golfe do Japão, teria condições de comprar a Austrália inteira.

O que alimentou isso? A crença de que nunca se perde dinheiro com imóveis. E os que têm interesse em promover essa lenda são capazes de elaborar vários tipos de argumentos para sustentar os preços. Mas só por algum tempo. O colapso aconteceu em 1990, quando o Banco do Japão aumentou as taxas de juros para conter a inflação. A lei da gravidade de Isaac Newton voltou a funcionar no mercado de imóveis japonês.

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